domingo, 1 de março de 2009

REFLEXÕES: ÉTICA E ESPIRITUALIDADE

" A essência de toda vida espiritual é a emoção que existe dentro de você, é a sua atitude para com os outros. Se a sua motivação é pura e sincera, todo o resto vem por si. Você pode desenvolver essa atitude correta para com seus semelhantes baseando-se na bondade, no amor, no respeito, sobretudo na percepção da singularidade de cada se humano." Dalai Lama.

Sábias palavras, que ecoam através da prática da ética e fazem a ponte com a espiritualidade, não com uma visão unilateral de determinada religião, doutrina, seita ou mesmo da filosofia. Como a água pura, a motivação limpa, clara, sem interesses egoístico nos leva a humanização, ao encontro do nosso "eu" verdadeiro o "ser" e nos afasta dos nefastos sentimentos do "ter". O respeito pelo outro equilibra o respeito por si e elege nesta singularidade a grandeza de cada ser e o amor incondicional: o ser ético.
CYNTHIA MELLO FERRARI

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

VALORES: REFLEXÃO - CARTA DE ADEUS AOS AMIGOS - GABRIEL GARCIA MARQUEZ

" Se por um instante Deus se esquecesse de que sou uma marionete de pano e me presenteasse um pedaço de vida, aproveitaria esse tempo o máximo que pudesse.

Possivelmente não diria tudo o que penso, mas definitivamente pensaria em tudo o que digo.

Daria valor as coisas, não por aquilo que valem, senão pelo que significam.

Dormiria pouco, sonharia mais, entendo que por cada minuto que fechamos os olhos, perdemos sessenta segundos de luz. Andaria quando os demais se detivessem, despertaria quando os demais dormissem.

Se Deus me obsequiasse um pedaço de vida, me vestiria de maneira simples, me deitaria de bruços ao sol, deixando descoberto, não somente meu corpo, senão minha alma.

Aos homens eu provaria o quanto equivocados estão ao pensar que deixam de se apaixonar quando envelhecem, sem saber que envelhecem quando deixam de se apaixonar!

A uma criança lhe daria asas, mas deixaria que ela aprendesse a voar sozinha.

Aos velhos lhes ensinaria que a morte não chega com a velhice, senão com o esquecimento.

Tantas coisas eu aprendi de vocês, os homens... Eu aprendi que todo o mundo quer viver em cima da montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a escarpada.

Eu aprendi que quando um recém nascido aperta com seu pequeno punho, pela primeira vez, o dedo de seu pai, o tem preso para sempre.

Eu aprendi que um homem tem direito de olhar a um outro de cima para baixo, quando vai ajudá-lo a levantar-se.

São tantas as coisas que eu pude aprender de vocês, mas realmente não haverão de servir muito, porque quando me guardarem dentro dessa maleta, infelizmente eu estarei morrendo.
Sempre diga o que sentes e faz o que pensas.

Se soubesse que hoje fosse a última vez que vou te ver dormir, te abraçaria fortemente e rezaria ao Senhor para poder ser o guardião de tua alma.

Se soubesse que estes são os últimos minutos que te vejo diria "te quero" e não assumiria, estupidamente, que você já sabe.

Sempre há um amanhã e a vida nos dá outra oportunidade para fazer as coisas bem, mas se por acaso me equivoco e se hoje é tudo o que nos resta, eu gostaria de te dizer o quanto te quero, que nunca te esquecerei.

O amanhã não está assegurado a ninguém, jovem ou velho. Hoje pode ser a última vez que vejas aos que amas. Por isso não esperes mais, faça hoje, que se o amanhã nunca chegar, seguramente lamentarás o dia em que não tomastes tempo para um sorriso, um abraço, um beijo e que estivestes muito ocupado para conceder-lhes um último desejo.

Mantém aos que amas perto de ti, diga-lhes ao ouvido o muito que precisas deles, queira-os e trata-os bem, tome tempo para dizer-lhes "sinto muito", "perdoa-me", "por favor", "obrigado" e todas as palavras de amor que conheces.

Ninguém te recordará pelos teus pensamentos secretos. Pede ao Senhor a força e a sabedoria para expressá-los. Demonstra a teus amigos e seres queridos o quanto te importam."

Gabriel Garcia Marquez
Postado by Cynthia Mello Ferrari

domingo, 17 de fevereiro de 2008

FELICIDADE REALISTA

"FELICIDADE REALISTA"
( Por Martha Medeiros )
A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote
louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.
Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis.

Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas. E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.
É o que dá ver tanta televisão.

Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Ter um parceiro constante, pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.

Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo,
usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o
suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.

Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar. É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se.

Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade.

Postado por Cynthia Mello Ferrari

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

AMIT GOSWAMI / A PONTE ENTRE A CIÊNCIA E A RELIGIÃO

A PONTE ENTRE A CIÊNCIA E A RELIGIÃO


Parte da transcrição da entrevista, do físico nuclear, Amit Goswami, ao programa "RODA VIVA" da TV Cultura.Considerado um importante cientista da atualidade ele tem instigado os meios acadêmicos com sua busca de uma ponte entre a ciência e a espiritualidade. Amit Goswami vive nos Estados Unidos. É PHD em física quântica e professor titular de física da Universidade de Oregon. Há mais de quinze anos está envolvido em estudos que buscam construir o ponto de união entre a física quântica e a espiritualidade. Já foi rotulado de místico, pela comunidade científica, e acabou acalmando os críticos através de várias publicações técnicas a respeito de suas idéias. Em seu livro O UNIVERSO AUTOCONSCIENTE - publicado no Brasil - ele procura demonstrar que o Universo é matematicamente inconsistente sem a existência de um conjunto superior - no caso, DEUS. E diz que, se esses estudos se desenvolverem, logo no início do terceiro milênio Deus será objeto de ciência e não mais de religião.

Lia Diskin (jornalista e Pres.da Assoc. Palas Athena ) O senhor manifesta certo interesse pelas questões éticas, grande parte do final de sua obra se dedica a essa questão. O senhor nos disse que há necessidade da participação da ambiguidade para dar garantias de criatividade no campo ético. Entretanto, no mesmo contexto, nos fala imediatamente das linhas e instruções éticas numa obra monumental da tradição indiana que se chama “Bhagavad Gitâ”. E a “Bhagavad Gitâ” se inicia pelo pressuposto da instrução do mestre para um discípulo, de que ele deve agir, de que ele deve entrar no combate, que ele deve assumir sua parte de ação, porque pertence a uma casta, a uma tradição de guerreiros, em que há ação da própria. Como fica o livre-arbítrio, como fica a ambiguidade como necessidade da criatividade dentro de um contexto de que existe um pressuposto, obviamente não-ambíguo e não-escolhível, que não pôde escolher? O que fazer... mas se está cominado a fazer, está cominado a agir? Como será isso, Professor?

Amit Goswami: Acho que essa também é uma pergunta muito difícil, muito sutil. Realmente, se considerarmos a ética compulsória, não parece haver escolha. Mas a ética não é tão definida: é muito ambígua. Lembro de uma história que o grande filósofo Jean-Paul Sartre contava. Suponha que voce vá em uma expedição de natação, ou melhor, de barco, e o barco afunde. Voce está com um amigo, voce sabe nadar, mas ele não. Mas voce não é muito forte. Se tentar salvá-lo, os dois podem morrer. Voce tem uma boa chance de se salvar, mas ama seu amigo e seu dever ético com ele está muito claro. O que fazer? Casos assim mostram claramente que há ambiguidade mesmo em decisões éticas, em decisões morais. Na Física Quântica, é muito claro que devemos esperar, e esperar pela intuição, ver se há um salto quântico, uma resposta criativa como voce a chama, se uma resposta criativa irá surgir. E é essa resposta criativa que é a resposta correta para solucionar essa ambigüidade em questões éticas. Quando a moralidade ou a ética são apresentadas como um conjunto de regras, e as pessoas seguem essas regras, elas perdem essa parte ambígua e, por causa disso, as regras perdem o sentido. Passa a ser um conjunto de regras inútil, sem vida. Mas, se considerarmos a ética com vida, e reconhecermos que temos um papel a desempenhar em todas as situações éticas, temos um papel a desempenhar em termos de irmos para dentro de nós, como as pessoas criativas fazem, combatendo isso, combatendo a ambiguidade. Então, o salto quântico da percepção virá e vai-nos permitir tomar a ação correta. É nisso que a Física Quântica está nos ajudando, é nessa conclusão que ela está nos ajudando. E acho que Sartre também buscava essa resposta porque a ética fixa é uma coisa impossível de se seguir.

Postado by
Cynthia Mello Ferrari

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

60 ANOS SEM MAHATMA GANDHI

No dia 30 de janeiro de 2008, fez sessenta anos do assassinato de Mahatma Gandhi, contudo a sua busca pela paz universal, contra a violência, permanece viva e é compartilhada por muitos que acreditam também em uma humanidade mais plena de sabedoria.

O seu precioso legado CONTINUARÁ através dos tempos,de novos lideres, em busca da paz, nos norteando contra os pessimistas que tentam remeter a humanidade a uma catástrofe fatídica e sem saída.

Cada um de nós pode e deve fazer sua parte - mesmo pequena, que somada a muitas, nos faz seres especiais e capazes de cumprir a missão em trabalhar em prol de mundo melhor e mais justo.
Viva Gandhi e muitos outros que nos iluminam com os seus exemplos!

Cynthia Mello Ferrari


1. " Se o homem perceber que é desumano obedecer a leis que são injustas, a tirania de nenhum homem o escravizará".
(Mahatma Gandhi)

2. "Não pode haver nenhuma paz interior sem o verdadeiro conhecimento ".
(Mahatma Gandhi
)

3. " Não violência é a lei de nossa espécie, assim como a violência é a lei do bruto. O espírito, dormente no bruto, não sabe nenhuma lei que não a do poder físico. A dignidade de homem requer obediência a uma lei mais alta - a força do espírito ". (Mahatma Gandhi)


Postado por CYNTHIA MELLO FERRARI

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Reflexão de Walt Disney

"Você pode sonhar, criar, desenhar e construir o lugar mais maravilhoso do mundo... Mas é necessário ter pessoas para transformar seu sonho em realidade..." (Walt Disney)Enviado a pedido de Marlene Nascimento e extraído do Site "Momento de Reflexão".

nascimentomarlene@yahoo.com.br

Postado por: CYNTHIA MELLO FERRARI

sábado, 19 de janeiro de 2008

A EDUCAÇÃO DO FUTURO: REFLEXÕES

O Futuro da Educação perante as Novas Tecnologias.
A educação tem, imperiosamente, que se adaptar às necessidades das sociedades que serve. O grande desafio atual é o de se adaptar às grandes mutações sociais, culturais e econômicas criadas pela eclosão das novas tecnologias. Nesse sentido, a adaptação é indispensável, e urgente, mas não se trata de adaptar a educação às tecnologias. Como dizia Heidegger: "a essência da tecnologia tem pouco que ver com a tecnologia"! Os maiores desafios não são de natureza tecnológica, mas de natureza social, cultural e econômica.

Publicado em: Mercado Ético, 19/01/2008
Postado: Cynthia Mello Ferrari